Você sabe o que é a criptografia? Com certeza você se comunicou com alguém ainda hoje usando um aplicativo de mensagens como o Whatsapp, ou mesmo uma opção mais formal como o email, certo?
Bom, talvez você não saiba, mas todas as mensagens trocadas em apps como WhatsApp e Telegram são criptografadas, de forma que não possam ser acessadas por alguém de fora.
Dessa forma, suas mensagens e informações ficam mais seguras.
Quer saber mais sobre o que é e como funciona a criptografia? Confira a seguir!
A palavra criptografia tem origem do latim ‘cryptographia’ e é formada pela junção de ‘kryptós’, que significa ‘oculto’ ou ‘secreto’, e ‘graphía’, que significa ‘escrita’. Por isso, a criptografia é, de forma literal, um tipo de ‘escrita secreta’.
Usada atualmente como uma maneira de segurança de dados na internet, para proteger informações pessoais, de pagamento, empresariais, e o que mais estiver sendo compartilhado entre um navegador e um servidor.
Com a criptografia, os dados que estão sendo compartilhados entre um dispositivo de origem e seu destinatário são codificados, e só podem ser lidos com uma chave de acesso específica, responsável por fazer o processamento dos dados e decodificar a mensagem.
Dessa forma, as informações compartilhadas ficam protegidas e não podem ser interceptadas por um terceiro usuário, como um hacker, por exemplo.
A criptografia é usada para proteger dados e garantir a segurança na transmissão de informações, ou seja, sua função é garantir que os dados sejam lidos apenas pelos envolvidos na comunicação, e não sejam acessados por pessoas de fora.
A criptografia também é responsável por manter os dados armazenados em segurança e identificar o remetente e o destinatário de uma mensagem, garantindo que não há alguém se passando por uma pessoa, por exemplo.
Essa identificação das pessoas envolvidas em uma troca de informações é feita pela chave de criptografia, que é exclusiva e não pode ser acessada por outra pessoa, sendo ela a garantia de que a mensagem será codificada e depois decodificada.
É através da criptografia que os dados compartilhados em pagamentos de compras online, informações do usuário de login e senha, e arquivos de empresas são protegidos, por exemplo.
A criptografia é importante para a proteção de dados pessoais, ou mesmo informações sigilosas, como:
Além disso, criptografar dados é um formato que garante a segurança das informações compartilhadas durante o processo de envio e recebimento, para que não sejam interceptadas por terceiros, como hackers, por exemplo.
A criptografia também ajuda a identificar os usuários envolvidos nas trocas de mensagens, ou mesmo no acesso a um arquivo em repouso que esteja protegido por criptografia, tudo isso com o uso da chave.
O sistema de criptografia converte um texto legível em algo incompreensível, chamado de texto cifrado durante o processo.
Através de algoritmos matemáticos, os dados são transformados em uma sequência de outros valores, que voltam a ser uma mensagem legível depois de serem descriptografados com a chave de acesso.
Para ficar mais fácil de visualizar, veja o exemplo abaixo:
As chaves de criptografia são responsáveis por fazer a decodificação da mensagem criptografada e torná-la novamente legível para o recebedor.
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Na criptografia simétrica, os dados enviados são codificados e depois decodificados por uma mesma chave.
Ou seja, todo o processo de envio e recebimento de mensagem possui uma mesma chave de acesso.
Por possuir uma única chave durante todo o processo, esse formato de criptografia é mais ágil, porém, não tão seguro já que a mesma chave está sendo compartilhada entre diversos dispositivos.
Já na criptografia assimétrica, são combinadas duas chaves diferentes durante o processo, uma chave pública e outra privada. A pública é usada para cifrar a mensagem e a privada para decifrar.
Quanto mais complexa for a chave de criptografia, mais seguro é o processo de armazenamento e transmissão de dados.
De início, a criptografia possui poucas chaves, mas com o ataque de hackers e o avanço da tecnologia, é preciso desenvolver novas chaves a todo momento, para aumentar a complexidade da codificação dos dados, e assim, tornar mais seguro.
Essa complexidade das chaves de criptografia pode ser medida em bits, que é a menor unidade de informação medida. Ou seja, quanto mais bits possuir a chave, mais segura ela será.
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As funções de hash são algoritmos matemáticos que transformam os dados em uma série de caracteres aleatórios ilegíveis e de comprimento fixo. Voltando a ser a mensagem original apenas quando decodificados.
O nome AES significa Advanced Encryption Standard, traduzido como ‘Padrão de Criptografia Avançada’ e é um algoritmo padrão para o governo dos Estados Unidos, por exemplo.
Utilizando uma chave de 128 bits, mas também com a possibilidade de usar 192 e 256 bits para casos específicos, esse formato é considerado extremamente seguro, com exceção de ataques hackers que sejam feitos misturando todas as combinações possíveis de 128, 192 e 256 bits, mas que são raros.
A criptografia DES é a proteção básica, sendo o formato que possui o algoritmo mais compartilhado mundialmente e menos complexo.
DES significa Data Encryption Standard, em português “Padrão de Criptografia de Dados”, e por ser um formato que utiliza cerca de 56 bits, é mais fácil de ser decifrado.
Já o 3DES, foi criado para ser mais complexo e seguro que o DES, possuindo 3 chaves de 56 bits, totalizando 168 bits, por isso o nome “Triplo DES”.
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RSA é a sigla para Rivest-Shamir-Adleman, os sobrenomes de seus criadores, e um dos primeiros formatos de chave de criptografia pública.
Funcionando de maneira assimétrica, como explicamos acima, o RSA cria uma chave pública e outra privada, que deve ser guardada em segurança. Neste sistema é possível utilizar a chave pública para cifrar qualquer dado, mas ele só será decifrado utilizando a chave privada.
Esse tipo é o mais usado atualmente para situações de rotina como compras online e envio de e-mails, por exemplo.
Twofish é um tipo de chave simétrica, formada por blocos de 128 bits e chaves que podem chegar a 256 bits. É considerada muito ágil e o código é aberto, ou seja, pode ser utilizado por outros programadores para desenvolver novas chaves.
O RC4 foi desenvolvido em 1987 e é um tipo de chave simétrica, utilizada anteriormente para proteger o tráfego de internet e também de redes sem fio.
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Como o próprio nome já diz, a criptografia em trânsito se trata de dados que estão em movimento, ou seja, circulando entre mais de um dispositivo, sendo acessados por mais de uma pessoa.
Já a criptografia em repouso se refere aos dados armazenados e guardados em um disco rígido ou USB, por exemplo.
A criptografia em trânsito é usada para o tráfego na internet, protegendo as informações que estão sendo compartilhadas entre o navegador e o seu dispositivo.
Atualmente isto é feito de forma automática por muitos sites através do HTTPS, o formato seguro do endereço web.
Se você acessar um site e visualizar o ícone de um cadeado ao lado do endereço, é porque aquele site está seguro e protegido por criptografia.
Por sua vez, a criptografia em repouso é usada para proteger arquivos, documentos e outros dados importantes, que não estão em movimento, ou seja, que permanecem em um dispositivo apenas.
Contudo, para acessá-los será necessário fornecer a chave que decodifica os dados de volta para o texto legível, caso contrário, eles permanecerão criptografados.
Utilizada por aplicativos de mensagem como o Whatsapp e o Telegram, a criptografia de ponta a ponta é um formato que garante a proteção da mensagem para que seja lida apenas por aquele que enviou e o usuário que recebeu.
Dessa forma, todas as mensagens trocadas durante a comunicação, só podem ser acessadas por aqueles envolvidos na conversa, nem mesmo os servidores e as empresas responsáveis pelos aplicativos devem ter acesso aos dados compartilhados.
Apesar das inúmeras vantagens da criptografia, ela também pode ser usada para prejudicar propositalmente alguém, como é o caso do vírus Ransomware.
Funcionando como uma criptografia assimétrica, a criptografia do WhatsApp é de ponta a ponta.
Ela possui duas chaves, uma de codificação e outra de decodificação.
Ninguém além de você e a pessoa que recebeu sua mensagem terão acesso à comunicação trocada no app.
Quando um dos contatos troca de dispositivo móvel, por exemplo, recebemos uma mensagem dizendo que o código de segurança da conversa com aquela pessoa mudou, como uma forma de garantir que não há outra pessoa se passando pelo contato.
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Para criar sua própria criptografia, você pode usar o BitLocker, que é uma ferramenta padrão do Windows usada para criptografar arquivos e pode ser ativada nas configurações de segurança do computador.
Outra ferramenta interessante é o AxCrypt, também disponível para Windows, ele pode criptografar arquivos e conta com funcionalidades extras como o bloqueio com senha, ou com arquivo-chave, e ainda a opção de apagar um arquivo de maneira que seja impossível recuperá-lo na memória do dispositivo.
Além desses, existe também o MiniLock, uma extensão do Google Chrome que permite criptografar arquivos e compartilhar com outras pessoas por meio de um ID, formado por um email e uma senha.
Assim, para compartilhar com alguém, é necessário que esta pessoa também tenha um ID da plataforma, para receber em segurança.
Conteúdo atualizado em
Por Jessica Borges
Jessica Borges é graduada em Relações Públicas pela UFMG e pós-graduanda em Experiência do Usuário pela PUC-RS. Ela atua na produção de conteúdo há mais de 3 anos. Especialista em conteúdo no Minha Conexão, Jessica tem experiência na redação sobre serviços relacionados a tecnologia, internet, rankings de melhores provedores e tirar dúvidas dos usuários sobre testes de velocidade.
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