À medida que a transformação digital avança e surgem novos dispositivos tecnológicos, cresce também a necessidade de uma comunicação eficiente entre estes equipamentos e os dados que são criados e transmitidos por eles. Para essa comunicação integrada damos o nome de tecnologia M2M.
O chip M2M possibilita avanços em diversas áreas e mercados. Quer saber tudo sobre o que é essa tecnologia? Continue a leitura e descubra o que é o chip de dados M2M, como ele funciona na prática em diversos mercados, onde e como comprar, quais as opções disponíveis no mercado e muito mais.
A tecnologia machine to machine (máquina para máquina, em português), ou M2M, é responsável por permitir a comunicação entre duas máquinas sem a intervenção humana ou auxílio de fios. Na prática, um chip M2M é inserido em cada máquina para possibilitar a transmissão de dados e até ações programadas sem a interferência manual.
O termo M2M começou a ser utilizado conforme tendências tecnológicas de telecom, como a de redes sem fio, sensores de radiofrequência e machine learning evoluíram, tornando o diálogo entre dispositivos ainda mais eficaz.
Esses chips são usados em uma variedade de aplicações do universo da Internet das Coisas (IoT), assim como em sistemas de automação industrial, como rastreamento de produtos, monitoramento remoto de equipamentos, sistemas de segurança, entre outros.
Os chips M2M tem o objetivo de melhorar e otimizar os processos interno da empresa, utilizando a tecnologia para aumentar a produtividade e facilitar o monitoramento das atividades do negócio, assim como custos e possíveis problemas na estrutura de produção.
Para o funcionamento do chip M2M é preciso a união de tecnologias de comunicação remota, como uma rede wi-fi, e um software com inteligência para interpretar dados.
Dessa forma é possível, analisar e até alterar o que for necessário em tempo real.
Bem como o uso de uma APN pública ou privada é necessária para tal transferência de dados. Um APN, ou Access Point Name (Ponto de Acesso) é uma configuração do sistema operacional do aparelho que faz a ligação entre o aparelho e a rede da operadora.
É basicamente um conjunto de informações que o dispositivo necessita para se conectar à internet através da rede do seu provedor. É importante que a APN esteja bem configurada, pois é ela que vai garantir uma conexão de qualidade e mais estável, já que ela vai fazer com que o seu aparelho “enxergue” o sinal de internet.
No caso do chip M2M, a recomendação é utilizar uma APN privada, já que ela oferece maior controle e segurança sobre a sua conexão, além de ser personalizada de acordo com as necessidades da sua empresa.
Um chip de dados multioperadora, ou multirrede, é um chip que possibilita o uso de mais de uma operadora para transmissão de dados.
Ou seja, quando há a necessidade de transmissão de dados em áreas distintas, onde apenas uma operadora não tenha cobertura, é recomendado o uso de um chip M2M multirrede.
Mas, como isso é possível se um chip não pode se conectar com mais de uma operadora?
O chip M2M multirrede opera através da estrutura de outra operadora para alcançar áreas fora do seu alcance geográfico. Este processo é chamado também de Roaming.
Na prática, é preciso que exista um acordo de roaming entre operadoras. Dessa forma, o chip utiliza as torres de telefonia necessárias para se conectar até o seu destino.
Eventualmente, uma dúvida que pode surgir, é a confusão em torno dos conceitos de tecnologia M2M e banda larga. Já que a banda larga também é uma tecnologia que atua na conexão entre dispositivos.
Porém, um detalhe importante que define o M2M é a comunicação entre dispositivos SEM a intervenção humana.
Nesse sentido, outro diferencial está na capacidade de tráfego de cada um dos chips, podendo ser mais ou menos dependendo do plano contratado. Porém, ainda é inferior se comparado com a banda larga.
O chip de dados M2M possui apenas capacidade da transferência de texto, impossibilitando a transmissão de imagens e vídeos. E, pelo mesmo motivo, o chip M2M não é compatível com modems e não consegue fazer e nem receber ligações.
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À primeira vista, o chip M2M e o cartão SIM usado no dia a dia em aparelhos móveis podem parecer bastante semelhantes. Mas, na realidade, os dois são bastante diferentes.
Enquanto o chip M2M é utilizado para a comunicação e transmissão de dados entre duas máquinas de forma remota, os chips comuns são voltados para comunicação entre humanos, ou seja, para permitir que pessoas façam chamadas de voz, enviem mensagens de texto e acessem a internet em dispositivos móveis.
Além disso, os sim cards M2M são famosos por consumirem mais dados do que os chips comuns, já que seu propósito é voltado principalmente para aplicações de Internet das Coisas (IoT) e em sistemas de automação industrial, que necessitam de monitoramento constante e a possibilidade de gerenciamento remoto com maior eficácia.
Já os chips tradicionais são mais voltados para a conectividade individual, como acesso à internet no seu dispositivo móvel.
Outra grande diferença é que o chip M2M pode utilizar tanto a APN pública quando uma APN privada para tráfego de dados, enquanto os chips comuns usam somente a rede pública.
Usar uma APN privada é extremamente vantajoso para as operações diárias de uma empresa, pois esse tipo de ponto de acesso tem prioridade na transmissão de dados em relação à APN pública.
Outro ponto de destaque dos chips M2M é que eles permitem o controle remoto dos dispositivos, a partir do uso de um endereço de IP estático de forma privada e combinado a uma VPN, o que garante mais segurança aos processos do seu negócio.
Com diversos mercados em busca de como otimizar o potencial do uso de dados em seu negócio, fica fácil encontrar mercados que já utilizam o M2M.
Podemos observar seu uso desde setores de segurança e rastreamento de patrimônios, passando por setores de gestão no varejo e até em áreas como a medicina, engenharia, e etc.
Além disso, a evolução de tecnologias com inteligência para interpretar dados sem a interferência humana está cada vez mais presente. Essa tecnologia ganhará espaço para automatizar processos, rotinas e até mudar completamente o comportamento de usuários.
Conheça alguns mercados que já aderiram abaixo:
A tecnologia machine to machine permite que uma central de rastreamento interprete as informações de um objeto que use o chip M2M e faça a leitura do trajeto em tempo real.
Um exemplo comum é o uso do site dos Correios para acompanhar o processo de entrega de compras feita online.
Inclusive, em algumas situações não é necessário que você acesse o site de rastreamento. A atualização do processo é enviada automaticamente para o usuário.
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O conceito de Smart Cities, cidades inteligentes, surgiu a partir do uso de tecnologias e dados para contribuir no gerenciamento eficaz de setores públicos, como saúde, educação, infraestrutura, segurança e etc.
Um exemplo de atuação do M2M é, através da Internet das Coisas, a possibilidade de controlar o tráfego de veículos nas cidades. Para tal é preciso avaliar o fluxo de automóveis através de receptores e interpretar as informações coletadas.
Desse modo também é possível enviar alertas para sinalização de estradas, fazer uma gestão de semáforos, etc.
Já imaginou atuar na prevenção efetiva de ataques cardíacos? Com o monitoramento feito por aparelhos que utilizem o chip M2M é possível analisar dados de frequência cardíaca de pacientes.
Além disso, a tecnologia permite enviar para um dispositivo implantado os estímulos necessários para ritmos errantes no batimento cardíaco.
O uso do chip M2M também permite o monitoramento em aparelhos de Telecom. Dessa forma é possível encontrar falhas e transformá-las em oportunidades de melhoria. Assim como também é estratégico criar ofertas, planos e ações promocionais de acordo com a demanda.
Analisando as principais operadoras que oferecem a tecnologia, podemos afirmar que a Vivo oferece o melhor chip M2M.
Isso porque a operadora conta com planos com pacotes de dados maiores pelos menores preços, além de acesso a uma plataforma exclusiva de gestão e monitoramento, a Kite Plataform.
Em comparação, o maior pacote de dados da Claro, de 100MB, custa a partir de R$18,94/mês, enquanto o mesmo pacote na Vivo custa R$11,90/mês.
Porém, a Vivo possui pouca variedade de planos, com somente três opções. Já a Claro é campeã nesse quesito, ofertando 6 pacotes de dados.
Por isso, é importante que você considere as demandas do seu negócio para escolher a melhor operadora e qual chip de dados M2M poderá atender as suas necessidades.
Além disso, você também deve levar em consideração:
Apesar de a Vivo ser a opção mais vantajosa, pode ser que ela não tenha cobertura na sua região, ou ofereça pacotes de dados que não condizem com às necessidades reais da sua empresa.
Para adquirir um chip de dados M2M, você pode:
Para compras diretamente com operadoras, é possível analisar os planos ofertados de cada uma pela internet e finalizar a transação solicitando o contato com um consultor de vendas.
No Brasil pode-se encontrar o sim card M2M nas seguintes operadoras:
Nos planos Vivo Empresa, voltados para uso da tecnologia M2M, é possível encontrar opções de conectividade de 2G, 3G e 4G.
O chip vivo M2M conta também com a tecnologia LTWA (Low Power Wide Area). Tal qual é uma rede que permite comunicações de longo alcance usando uma taxa de bits baixa.
Além disso, a Vivo oferece uma ferramenta de gerenciamento de dados e monitoramento em tempo real: a Vivo Kite Plataform.
Atualmente, os planos disponíveis são:
| Plano | Mensalidade |
| 20MB + plataforma de gestão Vivo (Kite Plataform) | R$6,90 unidade/mês |
| 50MB + plataforma de gestão Vivo (Kite Plataform) | R$9,90 unidade/mês |
| 100MB + plataforma de gestão Vivo (Kite Plataform) | R$11,90 unidade/mês |
Chamada de voz e mensagens não estão inclusas no pacote, mas é possível contratar à parte. Para saber mais é só acessar o site da operadora.
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Os planos Claro Empresa que usam a tecnologia machine-to-machine contam com franquias fixas e individuais de acordo com a necessidade de cada empresa.
Ao passo que, após o uso da franquia contratada no chip M2M Claro, o sim card é automaticamente bloqueado e não gera cobrança extra.
Além disso, os planos também incluem acesso a central de comandos por App e Web, o que permite a gestão da comunicação interna e das linhas, além de relatórios e dashboard com visão geral e monitoramento dos dispositivos e alertas em casos de usos indevidos.
As ofertas disponíveis são:
| Pacote de dados | Valor (a partir de) |
| 2MB | R$ 5,95/mensal |
| 5MB | R$ 6,90/mensal |
| 10MB | R$ 7,32/mensal |
| 20MB | R$ 7,67/mensal |
| 50MB | R$ 12,84/mensal |
| 100MB | R$ 18,29/ mensal |
Assim como na Vivo, SMS e ligações são cobradas de forma avulsa. Para saber mais detalhes, acesse o site da operadora.
Já os planos TIM Empresarial, que oferecem a tecnologia do chip M2M, tem como benefícios uma ferramenta de gestão dos chips, fácil integração com outras plataformas, reports online e a oferta de dados necessários para uma gestão de custos eficaz.
Mas é importante lembrar também que o chip M2M TIM é um chip multioperadora. Ou seja, o chip usa a estrutura de parceiros para fornecer serviços em outros países e/ou ampliar a cobertura nacional.
Outra vantagem é que o serviço de sim card M2M da TIM também inclui envio e recebimento de mensagens SMS e chamadas de voz sem custo adicional.
Os valores dos planos não foram divulgados no site oficial da marca. Isso porque os pacotes de dados são informados a partir das necessidades da sua empresa, após análise de um dos consultores da TIM.
Para saber mais, acesse o site da operadora.
A Algar também oferece a tecnologia M2M para clientes empresariais pelos planos Multi Conenect.
Assim como na TIM, os sim cards M2M são multioperadora, ou seja, o chip usa a estrutura de parceiros em todo o país para garantir a conectividade.
O serviço também incluiu acesso ao software de gestão digital Meu Iot. Atualmente, os planos disponíveis são:
| Pacotes | Mensalidade |
| 5MB + plataforma de gestão Meu IoT | R$7,27 mês/por chip |
| 10MB + plataforma de gestão Meu IoT | R$7,49 mês/por chip |
| 20MB + plataforma de gestão Meu IoT | R$7,94 mês/por chip |
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Conteúdo atualizado em
Por Nicolle Teixeira
Graduanda em Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Nicolle possui dois anos de experiência na área de produção de conteúdo e redação. Hoje, atua como redatora no Minha Conexão, escrevendo sobre serviços relacionados às telecomunicações, com ênfase em planos de internet e teste de velocidade. Através de conteúdos informativos, busca tirar dúvidas sobre o universo da tecnologia de forma simples e clara.
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