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Nos Estados Unidos, as regras que determinam o fim da neutralidade da rede estão praticamente prontas para serem colocadas em prática. O fim da neutralidade foi aprovado em dezembro de 2017.
A Comissão Federal de Comunicações (FCC) norte-americana, órgão similar à Anatel brasileira, registrou um documento com as medidas. Agora, as medidas devem ser adotadas a partir de 23 de abril, havendo o prazo de 60 dias para a adequação dos sistemas dos provedores.
Contudo, o processo é bastante lento e, certamente, a internet não vai mudar de uma hora para a outra, mesmo porque se trata de um caso bastante polêmico, correndo o risco de também ser copiado no Brasil.
A neutralidade na rede estabelece como princípio que a internet é livre e sem barreiras, devendo tratar tudo da mesma forma. Sem a neutralidade, as empresas provedoras podem, entre outras coisas, aumentar ou diminuir a velocidade entregue aos usuários, além de controlar o acesso de determinados sites, aplicativos ou serviços oferecidos online.
Como alternativa, o usuário teria de pagar valores determinados pelos provedores para usar determinados serviços. Em Portugal, por exemplo, o usuário de uma operadora precisa pagar em torno de 23 reais para usar o WhatsApp ou Skype, além de outros 23 para acessar as redes sociais. Se quiser assistir vídeos, precisa pagar outra cota.
Nos Estados Unidos, como já está estabelecida uma data para o fim da neutralidade, espera-se que haja um grande movimento contra, principalmente no Congresso.
O fim da neutralidade na internet só é bom para as grandes operadoras, que terão maior autonomia para gerenciar o tráfego na rede e cobrar os usuários de forma distinta. Quem defende o tratamento diferenciado entende que as mudanças podem ser benéficas para os usuários, uma vez que as operadoras devem ser mais transparentes, deixando aos usuários a decisão sobre o quanto querem pagar.
No caso, por exemplo, de não assistir vídeos, não vai precisar pagar por um pacote que ofereça esse tipo de serviço, e a mesma lógica também serve para serviços de mensagens ou redes sociais, por exemplo.
Os que são contra o fim da neutralidade afirmam que o futuro da internet vai ficar nas mãos das provedoras. Mesmo que o FCC norte-americano argumente que haverá mais transparência, a mudança poderá servir só para que as empresas cobrem mais, obrigando o usuário a comprar pacotes, como acontece na TV a cabo.
Além disso, também existe a possibilidade de os operadores priorizarem seus próprios conteúdos em relação a terceiros, como, por exemplo, se a operadora oferecer um serviço de streaming, pode reduzir a velocidade de outros. Os provedores também poderão bloquear acesso a determinados sites.
As grandes empresas da internet, no entanto, não devem sofrer com a mudança, uma vez que possuem condições de pagar aos provedores para continuarem nas vias mais rápidas da internet.
Contudo, startups e novas empresas não têm condições e isso, segundo especialistas, poderia resultar em menores chances de inovação e de escolha entre os usuários.
Mesmo com a decisão do FCC, o Senado norte-americano ainda pode votar pela anulação das novas regras. Já está marcado para o dia 27 de fevereiro um protesto para pressionar os senadores.
Empresas como a Vimeo, Reddit, Tumbler e GitHub estão incentivando outras empresas a usarem no dia a #OneMoreVote, para incentivar o contato dos usuários com os políticos envolvidos.
Para você, que ainda tem a neutralidade na rede, confirme sempre a velocidade de sua internet, verificando se sua operadora está cumprindo com o contrato.
Conteúdo atualizado em
Por Jessica Borges
Jessica Borges é graduada em Relações Públicas pela UFMG e pós-graduanda em Experiência do Usuário pela PUC-RS. Ela atua na produção de conteúdo há mais de 3 anos. Especialista em conteúdo no Minha Conexão, Jessica tem experiência na redação sobre serviços relacionados a tecnologia, internet, rankings de melhores provedores e tirar dúvidas dos usuários sobre testes de velocidade.
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